top of page

Caixa de mar/21

Cafés E2Coffee

Carmo de Minas (MG)

Os cafés do E2Coffee que os assinantes do Mantiqueirias vão receber em março cruzam também o planeta e chegam para consumidores de Taiwan e China.

 

“Vendemos este mesmo café, só que cru, para Canadá e Japão”, conta Caio Pereira, um dos proprietários, descendente, como muitos em Carmo de Minas (MG), de famílias de cafeicultores. Caio é da quinta geração em uma terra que, em se plantando, excelente café dá. Na Fazenda do Serrado, da família dele, a 1.200 m de altitude, o espaço é dividido também com gado leiteiro, que produz inclusive parte do adubo orgânico usado nos pés de café. Ficamos sabendo que a colheita ocorre normalmente de maio a julho, no inverno, quando a chuva é muito rara. E, também, que as plantações são renovadas de tempos em tempos. Depois de algumas safras, os pés perdem o “vigor” e é preciso retirar tudo e plantar novos mudas para garantir a qualidade – e a quantidade – dos frutos.


Os cafés da Fazenda do Serrado e da Fazenda Santa Helena, de um dos sócios do Caio, são de um sabor “complexo”, em uma mistura equilibrada de acidez, corpo e doçura. “A gente melhorou muito no Brasil o processo de pós-colheita”, explica o proprietário, respondendo sobre a alto padrão – sempre reconhecido – do café brasileiro.

“Sempre tivemos frutos de alta qualidade. Não se dava atenção ao terreiro, por exemplo, onde o café seca. Hoje para buscarmos os mercados mais exigentes temos que ter um processamento melhor, respeitar a secagem do grão”. Isso garante, segundo ele, um produto melhor a cada ano. 

 

Características do café da Fazenda do Serrado: frutas amarelas, frutado, caramelo, acidez cítrica, finalização doce e prolongada. Corpo aveludado.
Características do café da Fazenda Santa Helena: frutas vermelhas, vinhado, cana de açúcar, acidez cítrica com corpo sedoso. Finalização doce e agradável.

ONDE COMPRAR:

Diretamente no E2Coffee (@e2coffee)

Torta da Montanha

São Bento do Sapucaí (SP)

Tem torta com inspiração argentina, e origem libanesa, na Serra da Mantiqueira. É a Torta da Montanha, receita caseira do Sérgio Gomes e do Maurício Ribeiro, casal que tinha um café em São Bento do Sapucaí (SP) e resolveu experimentar um doce novo há três anos. Nem tão novo assim, na verdade. A inspiração para essa torta, como chamam o bolo na Argentina, terra do Sérgio, foi uma receita da bisavó dele, que havia trazido a delícia do Líbano. “Era uma torta grande, mais simples, mas que foi o ponto inicial para o que criamos aqui”, conta.  

 

A guloseima, com 50g, leva nozes, figo, damasco, uva passa e chocolate meio amargo belga na cobertura. Não tem ovos nem leite (ainda que tenha manteiga). Com o sucesso, criaram uma outra versão, uma torta de limão com cranberry, nozes e chocolate branco em cima. Chama-se Lady Cranberry. Ambas estão na caixa do Mantiqueirias em março.

O casal também reserva outra gostosura para a caixa: o doce de mel, que é um doce de leite feito de mel, em um processo demorado de cozimento, sem qualquer adição de açúcar refinado ou adoçante. “Bom para comer de colher, ou com um queijo. Até mesmo no preparo de drinks é uma boa opção”, recomenda Sérgio.

ONDE COMPRAR:

Esses e outros produtos da dupla, como geleias e licores, são encontrados em lojas e feiras em São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do Pinhal (SP), Campos do Jordão (SP) e Gonçalves (MG). “Para comer, tem que subir a Serra”, avisa o argentino.

Geleia de Pimenta do Zé

Gonçalves (MG)

Eles são um casal pimenteiro. Em Gonçalves desde 2013, Daniela e José Eduardo botaram de pé, três anos depois, a Pimenta do Zé, nome dado por amigos, assim como a identidade visual dos produtos. “Começamos com o intuito de ser uma pimenta colaborativa, isso que dizer, com ajuda dos amigos que fizemos aqui, que frequentavam nossa casa e provavam as nossas pimentas”, conta Daniela.

 

Na cozinha montada próxima à casa - um belo terreno na área rural da cidade - são preparados os condimentos usando Dedo de Moça (“ardência leve, mais convidativa”), Jalapeña (“de gosto mais cítrico”), a indiana Bhut Jolokia, e recentemente a Arriba Saia, (“a mais ardida do Brasil”, de acordo com o Zé, que a descobriu na Bahia). “A pimenta arde de diferentes formas e com diferentes potências para cada pessoa”, diz Daniela. “É a tolerância que cada um tem”. Lembrando que todos os produtos não têm conservantes.


Mas onde entra a Zéleia, que escolhemos para a caixa de março? “Eu nunca soube fazer geleia”, confessa a pimenteira. “Queria fazer uma geleia que fosse a nossa Dedo de Moça. Peguei o limão e a pimenta, fizemos muitos testes e chegamos nessa receita, que leva também maçã”.

A geleia nasceu na pandemia e já faz sucesso por onde passa. Daniela recomenda usá-la com carnes, no acompanhamento em pratos, também com queijo, dadinhos de tapioca ou só no pão. 

ONDE COMPRAR:

Quitanda Joinha, em Gonçalves (MG); Café Moagem, em São Bento do Sapucaí ISP): e pelo site do Sítio Lumiar (www.sitiolumiar.com), que entrega em SP.

Acaiaca - Sapucaí-Mirim (MG)

Em alguns meses percorrendo a Mantiqueira, não foram poucos os produtores que encontramos e que tem uma história parecida. Decidiram sair de cidades maiores, urbanas, e achar seu canto na natureza. E muitos deles são casais, como a Luciana e o Felipe Wigman, que moram no Sítio Passárgada, em Sapucai Mirim (MG). A partir do centro da cidade, são cerca de 40 minutos em estrada de terra, subindo e vendo a beleza das montanhas. Lá, plantam e produzem as frutas desidratadas da Acaiaca. São bananas, caquis, maçãs, peras, abacaxis e mangas – alguns comprados de produtores da região.


“A gente comprou este sítio em 2014 e vimos que tinha uma plantação de caqui. Estudamos como era a fruta e acabamos conseguindo a certificação orgânica. E, a cada colheita, percebemos o quanto se perdia de frutas por estar fora de padrão”, conta Luciana. Foram quatro anos pesquisando o processo de desidratar (quando a fruta perde cerca de 90% do seu peso). Agora, com a Acaiaca, não perdem fruta alguma. O processo de preparo é simples: a fruta descascada (em alguns casos, depois de tirar as sementes) vai para a uma câmara de desidratação, onde as peças ficam de 12 a 18 horas. Depois é guardar na geladeira ou ir direto para a embalagem.

O pacote de banana, que está na caixa do Mantiqueirias, pode ser degustado puro, mas Luciana indica “harmonizar” com chocolate, mel ou mesmo com manteiga de amendoim. Aqui vai um palpite: que tal experimentar com outras delícias da caixa do mês? Tem doce de leite e geleia de pimenta.

ONDE COMPRAR:

Raízes da Mantiqueira, um coletivo de produtores da Mantiqueira (@raizesdamantiqueira), e na Feira Amigos da Mantiqueira, que entrega em São Paulo: Feira dos Amigos da Mantiqueira (kyte.site)

QUER ASSINAR?

ICONES-02.png

MANTIQ

Receba 5 a 6 produtos

diferentes todo mês.

semestral - R$ 195/mês 

ou anual - R$ 180/mês 

com frete incluso.

ICONES-03.png

CAIXA AVULSA

Receba uma única caixa MANTIQ, com 5 ou 6 produtos.

R$ 195 + frete R$ 27

bottom of page