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Caixa de novembro/22

Cachaça Luminosa, Luminosa (MG)

Se você gosta de cachaça e estiver na região de Brazópolis (MG), vale muito visitar o Alambique Luminosa, no distrito do mesmo nome. No espaço, muito bem cuidado, você será recebido pelo Guimo, que em 2002 construiu o alambique e tem clientes cativos. A cachaça que está na caixa tem 2 anos de envelhecimento em barril de carvalho, “mas antes ficou 15 anos descansando”, frisa o produtor. O resultado é uma bebida suave. Qual o segredo de uma boa cachaça? “Trabalhar com paciência, com cana maturada, fermento natural e bons equipamentos”.

Queijo Traço de Minas - Sítio Lumiar    Paraisópolis (MG)

Um queijo autoral, mineiro, mas que tem inspiração francesa. É o Traço de Minas, do casal Jéssica e Conrado, do Sítio Lumiar, em Paraisópolis (MG). “É um queijo de massa lavada, com 2 a 3 meses de cura”, conta o produtor. A peculiaridade, como o similar francês chamado Morbier, é o traço de carvão vegetal que “corta” a peça.  “Isso era feito em lugares remotos na França. Faziam um pouco de queijo, depois passavam uma camada de carvão para proteger e então faziam outro em cima”, explica Conrado. É um queijo que vai bem com vinhos e também na preparação de risotos.

Geleiada de Caqui                        Sítio Pé de Cedro

Sapucaí Mirim (MG)

A visita ao Sítio Pé de Cedro, em Sapucaí Mirim (MG), rendeu duas delícias para os assinantes do Mantiqueirias. Mês passado com a compota de limão siciliano, e agora em novembro a geleiada de caqui com raspas de limão. O segredo de ser um doce tão bom? “Fiz testes e vi que, colocando um pouco do suco de limão siciliano, o doce ganhou aquele realce”, diz Salete, que só usa caquis bem maduros, oriundos de um sítio de amigos da região. “É uma geleiada”, explica o marido Gilmar, “porque é só a polpa da fruta e 20% de açúcar”. Geleias normalmente tem pectina para conservar, além de um percentual mais alto de açúcar. Nesse caso não, tudo sem conservantes.

Mostarda escura                             A Senhora das Especiarias

Gonçalves (MG)

Pela primeira vez tem mostarda na caixa do Mantiqueirias! Mas não é qualquer mostarda, porque fui conhecer as alquimias da Fernanda Kurebayashi, d’A Senhora das Especiarias, em Gonçalves (MG). E a Fernanda, sempre curiosa, conta como inventou a Mostarda Escura com cerveja Sour Ale: “Sempre tive vontade de fazer a minha mostarda e, pesquisando, descobri que já se fazia muito tempo atrás o condimento usando cerveja”. Fez a mistura e saiu, segundo ela, uma mostarda um pouco mais ácida que as comuns. A alquimista, claro, não se contentou apenas com uma fórmula e inventou outra que é a Mostarda Golden com cerveja Golden Strong Ale. Essa, se o assinante do Mantiqueirias quiser, pode pedir em separado.

Bananinhas Fazenda Bela Vista

Pedralva(MG)

As barrinhas de banana de 30g dos irmãos Ivanildo e Amarildo, de Pedralva (MG), surgiram no ano passado mas já fazem (muito) sucesso na região. “Era um sonho de dez anos”, conta Amarildo, que sempre trabalhou com bananas, cultivando e vendendo in natura, negócio que começou com o pai deles. Cremosa, tem apenas açúcar na composição. Para o caixa do Mantiqueirias, os produtores preparam um pote especial com 15 unidades.

 

Café Pé da Serra                          Sítio São Sebastião                           Cachoeira de Minas (MG)

Conversar com Íris Lopes é aprender muito sobre cafés. Afinal, a família vive disso desde a década de 1970, quando o avô dela deu as terras, em Cachoeira de Minas (MG), para a família tocar. Surgia assim o Sítio São Sebastião. Naquela época, conta a produtora, o café brasileiro era reconhecido lá fora como “monónoto”. Mas por que isso, pergunto. “Fazíamos em larga escala, de forma diferentes de países como Colômbia e Etiópia sempre fizeram”, conta. Isso significa, por exemplo, mudar métodos de preparo pós-colheita, além de cultivar lotes menores, onde se conseguem notas sensoriais diferentes.

O divisor de água do café brasileiro aconteceu em meados de 2000, com a vinda de torrefadores europeus, ensinando técnicas que levam a cafés como o Catucaí 2SL, nota 83, que está na caixa do Mantiqueirias de novembro. “Ele tem notas mais doces com acidez mediana”, diz. Com a marca Pé da Serra, os grãos têm a Denominação de Origem Mantiqueira de Minas.

E como somos vistos hoje no mundo, Íris? “Temos cafés surpreendentes. Lá fora ficam surpresos quando provam nosso produto sem saber que é brasileiro e percebem a qualidade dos grãos, das notas sensoriais”.

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